Quando falamos em conservação de comida, a geladeira e o freezer são algumas das melhores tecnologias já criadas pela humanidade. Antes delas, outros métodos eram utilizados, como o de salgar ou secar a carne, conhecidos como charque e carne de sol. No entanto, hoje em dia, embora esses métodos ainda existam e sejam utilizados, a refrigeração e congelamento são métodos muito melhores e mais práticos.
Embora faça parte do cotidiano de muitas pessoas, essas práticas ainda podem causar uma série de dúvidas. Afinal, resfriar ou congelar? Como armazenar os alimentos? Quando tempo eles podem ficar congelados? Se você também tem essas dúvidas, então acompanhe o nosso artigo!
A refrigeração é, em resumo, a manutenção dos alimentos em temperaturas acima do seu ponto de congelamento, com a finalidade de postergar o surgimento de microrganismos, e a ocorrência de reações químicas. Normalmente é utilizada uma temperatura entre 8ºC e -1ºC.
Já no congelamento, é utilizada a redução abrupta da temperatura dos alimentos, que normalmente são mantidos a -18º. Uma questão importante que difere muito o congelar do resfriar, é a mudança de estado físico. Nesse processo, a água presente no alimento se transforma em cristais de gelo, dificultando o surgimento de microrganismos e reduzindo a velocidade de reações químicas. Quanto ao tempo de duração desses alimentos, existe uma grande diferença em cada uma dessas técnicas de conservação. Enquanto a refrigeração conserva os alimentos por dias ou semanas, o congelamento o faz por meses ou até anos.
Na hora de optar por um ou outro, uma das questões que essa escolha dele levar em conta é o tempo de consumo. Se a pretensão é consumi-los em até 5 dias, pode ser feito apenas a refrigeração. No entanto, se o consumo for levar mais tempo do que isso, o ideal é fazer o congelamento.
Entre os alimentos que devem ser resfriados estão os laticínios, frios, embutidos e os in natura (que são obtidos de plantas ou animais e não passaram por alterações). No que se refere ao congelamento, não são todos os alimentos que têm a indicação de serem submetidos a esse processo. Isso ocorre porque eles podem não manter suas características originais – como sabor, textura e nutrientes.
Não é recomendado o congelamento de frutas que serão consumidas posteriormente, vegetais que são consumidos crus, cremes à base de milho, ovos crus ou cozidos na casca, carne salgada ou defumada, maionese, entre outros.
Na hora de refrigerar os alimentos, temos várias dicas que devem ser seguidas: a primeira delas é saber que cada coisa possui o seu lugar. Se sua geladeira for de modelo mais antigo, ela conta com uma variação de temperatura – são mais baixas próximo ao congelador. No entanto, se ela é mais moderna, essa refrigeração é mais padronizada em todos os espaços. A partir disso, é importante saber que alimentos como queijo, iogurte, leite, frios, entre outros, precisam de uma maior refrigeração. Assim, se sua geladeira tiver alguns anos a mais, mantenha-os nas primeiras prateleiras. Nas gavetas grandes, como de costume, devem ser colocadas verduras, que precisam ser mantidas em embalagens plásticas novas (diferentes das que foram trazidas do mercado ou feira). Os ovos, por sua vez, devem ser mantidos em uma vasilha dentro da geladeira – não na porta, como muitas pessoas fazem. Essa indicação existe com a finalidade de evitar trepidação e as variações de abertura ao abrir e fechar a porta. Ervas e hortaliças possuem uma forma própria de serem guardadas: precisam ser lavadas, bem secas e guardadas em sacos ou potes com tampa, de forma que não fiquem apertados, evitando-se que se amassem.
Assim como a refrigeração, o congelamento de alimentos também deve seguir algumas indicações. Quanto às carnes vermelhas, por exemplo, é importante que se congele em porções, evitando que se descongele e não se utilize por inteira. Os peixes devem ter as vísceras e escamas retiradas e devem ser embalados em um plástico antes de serem levados ao freezer. Sempre que abrir alguma embalagem e resolver congelar seu conteúdo posteriormente, o ideal é que se coloque dentro de um pote com tampa, que não permita a entrada de ar.
Quando comprar um alimento que estava congelado no supermercado, procure deixá-lo o mínimo de tempo possível fora do freezer ou congelador. Além disso, deve-se respeitar a ocupação máxima de 75% da capacidade do freezer ou congelador, para não interromper a circulação de ar.
Ao descongelar, também devemos seguir algumas indicações. Algumas delas são: procure descongelar dentro da geladeira ou com o micro-ondas, para evitar que ocorra a proliferação de bactérias e fungos – o que pode ocorrer se descongelado em temperatura ambiente; evite descongelar algo que não será consumido em até 24h (para frutos do mar, esse número cai para 12h); depois de descongelado, evite congelar novamente qualquer alimento. Isso pode prejudicar o sabor e qualidade dos nutrientes. Assim, a indicação é que se transfira o alimento para a geladeira e o consuma em até 3 dias;
– Carnes e aves (cruas): até 12 meses;
– Hamburguer: até 3 meses;
– Derivados de porco (bacon, linguiça, entre outros): de 1 a 2 meses;
– Peixes magros: de 4 a 6 meses;
– Peixes mais gordurosos: 2 meses;
– Massas cozidas: até 3 meses;
– Molhos: de 2 a 3 meses;
– Grãos (arroz, feijão, entre outros): até 3 meses.
Obs: tempo para alimentos armazenados de forma adequada.
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